Resenha #115 We Are The Ants – Shaun David Hutchinson

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Título:  We Are The Ants
Autor (a): Shaun David Hutchinson
Lançamento: 2016
Estante: Skoob – GoodReads
Páginas: 464
Editora: Simon Pulse
Literatura: Estrangeira
Gênero: Ficção, Young Adult, LGBT
Estrelas: 5/5

Henry Denton has spent years being periodically abducted by aliens. Then the aliens give him an ultimatum: the world will end in 144 days and all Henry has to do to stop it is push a big red button.Only he isn’t sure he wants to.After all, life hasn’t been great for Henry. His mom is a struggling waitress held together by a thin layer of cigarette smoke. His brother is a jobless dropout who just knocked someone up. His grandmother is slowly losing herself to Alzheimer’s. And Henry is still dealing with the grief of his boyfriend’s suicide last year.Wiping the slate clean sounds like a pretty good choice to him.But Henry is a scientist first, and facing the question thoroughly and logically, he begins to look for pros and cons: in the bully who is his perpetual one-night stand, in the best friend who betrayed him, in the brilliant and mysterious boy who walked into the wrong class. Weighing the pain and the joy that surrounds him, Henry is left with the ultimate choice: push the button and save the planet and everyone on it… Or let the world—and his pain—be destroyed forever.

Having choices is the problem. Everything would be easier if someone told me what to do […] The problem with choices is that usually make the wrong ones.


We Are The Ants conta a história de Henry, um garoto que, desde pequeno, sofre abduções alienígenas. Durante uma dessas abduções os Sluggers, os alienígenas que abduzem Henry, lhe dão uma estranha missão: decidir se deve ou não salvar o mundo. Henry tem agora 144 dias para decidir se aperta um simples botão vermelho e salva o mundo ou não aperta o botão e o mundo irá acabar de alguma maneira que ele não sabe qual.
A princípio essa parece uma escolha fácil, mas para Henry, que não está passando pelo melhor momento de sua vida, não é tão fácil assim. Ele não tem muita certeza se vale mesmo a pena salvar o mundo.  Henry acabou de sofrer uma perda traumática, sua família está cheia de problemas e para piorar as coisas ele ainda sofre bullying na escola.
Diante disso tudo, Henry precisa tomar a difícil decisão de salvar ou não o mundo, mas durante esses 144 dias que ele tem para se decidir muita coisa acontece e a vida dele parece tomar cada vez mais rumos inesperados. 

A história é contada pela visão de Henry, assim temos um vislumbre do que se passa na cabeça do menino. Mas isso torna dá a história uma carga muito pesada, pois Henry não é exatamente a pessoa mais feliz e bem resolvida que há e com todos os problemas que o cerca as coisas só ficam piores para ele. 

Durante a história, nós acompanhamos Henry durante o tempo que ele tem para decidir se salva ou não o mundo e vemos porque ele não está tão certo da decisão que deve tomar. sua vó está com mal de Alzheimer e cada vez mais se esquece das coisas e pessoas que estão ao redor, seu irmão que gosta de infernizar sua vida anuncia que terá um filho, sua mão tenta a todo custo pagar as contas da casa com o salário que recebe sendo garçonete e seu pai abandonou a família após a primeira abdução de Henry. Além disso ele ainda sofre com a suicídio inesperado do namorado, o distanciamento de melhor amiga e Marcus, com quem Henry fica aos amassos às escondidas, é também quem faz bullying com ele. Tudo isso Faz com que ele não saiba se deve ou não apertar o botão vermelho na nave dos Sluggers. 


Mas tudo parece mudar quando ele conhece Diego Vega, um misterioso aluno novo que acaba se tornando amigo de Henry. Diego é totalmente diferente de Henry. Mesmo com todo sofrimento que teve em sua vida ele continua acreditando que Henry precisa apertar o botão vermelho na nave dos Sluggers e salvar o mundo. No entanto, Diego não quer que ele aperte o botão apenas para se salvar e salvar todo o mundo. Ele quer que Henry aperte o botão porque deseja que ele queira se salvar. 

Eu vou parar por aqui porque vou acabar contando spoiler e não quero isso. Eu sei que tudo que eu contei pode parecer que já tenha spoiler, mas, acredite em mim, não contei nem 10% o livro. 
Esse foi o primeiro contato que eu tive com o autor e eu vou confessar que amei o livro, a escrita, a história, tudo! Mentira, tudo não, não gostei da edição, mas isso não é culpa do autor. O livro por enquanto só tem em inglês e eu não vi nenhuma editora falando que irá lançar ele aqui no Brasil por enquanto. A editora responsável pelo lançamento dele nos Estados Unidos é a Simon Pulse e ele pode ser comprado tanto em hardcover, como em paperback. Eu, como sou pobre e ganhei o livro de presente de natal, tenho a versão paperback, mas não aconselho comprar essa versão, porque conforme você vai lendo o livro o plástico da capa vai soltando e fica uma coisa horrível. (Depois eu irei comprar uma versão em hardcover porque essa capa toda escangalhada me dá calafrios).
Como eu já falei, eu amei a narrativa do autor que é bem fluida e rapidinho o livro acaba. Eu li ele em três dias e isso porque essa foi a primeira vez que eu li um livro em inglês. A história aborda diversos assuntos, como a homofobia, bullying, mal de Alzheimer, violência e muitos outros assuntos que nos fazem pensar bastante mesmo depois que o livro acaba. (Eu, por exemplo, quase chorei antes de escrever essa resenha para vocês, só de lembrar do livro).


Mas, uma das questões que me deixaram pensando bastante após o fim do livro foi: Será que, se eu tivesse a chance, eu impediria o mundo de explodir? 

O que acabou me incomodando um pouco durante a leitura foi que, por a história ser toda narrada pelo Henry, os questionamentos dele em certo momento se tornam um pouco repetitivos, mas nada que  realmente atrapalhe a leitura. Os personagens são bem construídos e alguns deles eu adorei mais do que os outros, como o Diego e a Audrey.

Because you can only die once. But you can suffer for ever.

Apesar de toda melancolia que permeia o livro, há uma mensagem muito tocante de esperança e amor na história. Eu com certeza vou recomendar ele para todas as pessoas que me pedirem recomendação (e para quem não pedir também) e vou encher o saco de todas as editoras até que alguma delas publique esse livro aqui no Brasil. 
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14 comentários
  1. Oi oi!

    Tudo bem? Eu acompanho algumas booktubers gringas que já falaram desse livro. Algumas bem outras nem tanto.

    Fico feliz que tenha amado o autor, é ótimo quando alguém consegue nos conquistar com a forma de escrever, a trama, personagens e o desenvolvimento de tudo isso né? Eu com certeza ainda quero ler algo do Saun.

    Acho que esse livro seria bem difícil para mim porque assim como a avó do Henry a minha também tem mal de Alzheimer e para mim é a doença mais cruel de todas porque te faz esquecer não apenas quem você já amou durante a sua vida, mas também muito de quem a pessoa é.

    Enfim, deixando o meu drama de lado, eu espero mesmo conferir a história de We Are Ants muito em breve e descobrir por mim mesma se o Shaun David vai me arrebatar também.

    Beijinhos
    http://www.paraisoliterario.com

  2. Falou em alienígenas eu já arregalo os olhos… sou mega curiosa com esses temas. Pela fase da vida do Henry no lugar dele eu mesmo apertaria o bendito botão. O enredo me pareceu bobo, mas como você mencionou que isso é só 10% do livro e tem alienígenas… eu adoraria fazer tão leitura. Parabéns pela leitura em inglês, eu nãoconsigo ler nem um eu te amo rsrs.

    Beijos.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/

  3. Olá, tudo bem?

    Leituras em inglês, raramente as faço, noto que é o caso.
    Mas a premissa parece bacana, confesso que não conheço o autor.
    Alienígenas são um bom tema, desde que a criatividade do autor seja boa e aborde com maestria, o que parece ser o caso. Legal!

    Beijo!

  4. Oi, tudo bem?

    Admiro muito quem realiza leituras em inglês.

    O enredo da história é bastante envolvente e interessante e bateu aquela curiosidade de saber se Henry apertou o botão vermelho ou não.

    Acho bastante válido a abordagem de temas tão delicados como homofobia e bullying.

    Uma pena a edição não ter te encantado tanto quanto a história. Tomara que lancem logo no Brasil hehehehe

    Obrigada pela dica (: Abraços!

  5. Oi Izabeli, como está?
    É uma das poucas resenhas que vejo de um livro lido diretamente do inglês e sempre acho quem faz isso digno de aplausos, :). Porque se já tá meio complicado para mim traduzir diretamente do espanhol argentino (castelhano, como os brasileiros chamam apesar de que isso é um engano) as quotes de um livro que li recentemente, a biografia da cantora Gilda, imagina para quem é falante de inglês.
    Adorei a tua resenha e acho extremamente válido falar dos assuntos que são mencionados e tratados nesse livro, pelo qual eu torço que haja logo uma versão traduzida, pois achei a premissa dele extremamente interessante.
    Abraços e beijos da Lady Trotsky…
    http://www.galaxiadeideias.com/
    http://osvampirosportenhos.blogspot.com

  6. Olá, amei conhecer esse livro pela sua ótima resenha. Achei super interessante isso de o personagem poder ou não salvar o mundo. E os temas abordados na obra também são muito interessante.

  7. Olá!
    Eu não conhecia essa história e como é um livro inglês fica ainda mais complicado para realizar a leitura. No entanto, a premissa é interessante e mostra um personagem bem intenso. Outra coisa que me chama atenção é a forma como o autor levanta questionamentos bem válidos para nossa reflexão sobre a vida.
    Se vier pra cá me agradaria muito a leitura.
    Beijos!

    Camila de Moraes

  8. Olá, tudo bem?

    A premissa do livro é bem interessante. Não conhecia a obra, mas fiquei com vontade de ler. Vamos fazer campanha para alguma editora trazer esse livro, porque infelizmente não leio em inglês e pelo que li na sua resenha, traz reflexões. Isso é bom. Gosto de livros assim. A dica tá anotada e agora é cruzar os dedos para ter esse livro aqui.

    Beijos

  9. Ooi,
    Não tinha ouvido falar desse livro ainda mas gostei bastante da premissa. Pena que ele ainda não tem previsão de ser lançado aqui!! Vou ficar de olho nele porque adoro ler em inglês e fiquei mesmo interessada.

    Corujas de Biblioteca

  10. Olá!

    Não conhecia o livro o como não sei NADA de inglês isso é normal. Mesmo que tivesse aqui no Brasil não sei se esse seria meu momento de ler algo com uma carga que parece ser bem pesada, mas com um pouco de preparação acho que conseguiria ler e até gostar. Vou torcer para que alguma editora publique, assim tenho a possibilidade futura de conferir essa história tão bem recomendada.

    Beijos

  11. Oi!

    Eu to muito ansiosa para ler esse livro, vou ler mesmo em inglês, porque sério, ta na listinha de livros para ler. Adorei a sua resenha, porque gosto de ler ya de vez em quando e esse tendo essa narrativa fluída, vai ser uma ótima escolha 🙂

    beijos!

  12. Oie, tudo bem? Bom, eu vou ter que aguardar vc convencer alguma editora a oublicar em português pq meu inglês é pessimo e eu nao ia ter paciencia pra ficar parando pra descobrir o que eu to lendo kkkkkkk mas sim, a historia, posso estar bem enganada,parece que usa a questão das abduções alienigenas com o proposito final de fazer a gente refletir se o mundo ainda tem jeito ou se não vale a pena se sacroficar para salva-lo. Eu confesso que a gente ve tanta coisa que acaba pensando: nao seria melhor explodir mesmo? Mas vc começa a ver as coisas pelo seu lado, as pessoas que vc ama, o que vc teria de abdicar e, embora falando assim pareça egoísta, vc pensa muito mais em vc do que no mundo propriamente dito. E aí, talvez o Henry seja o personagem perfeito porque a vida dele ta um lixo, meio que ele não tinha muito a perder(mas sempre tem ne?). Achei a premissa interessante mas como eu disse, vou esperar a tradução kkkkk. Bjossssss

    http://www.porredelivros.com

  13. Olá ♥
    Nossa que premissa diferente, o jeito que fala que o pai foi embora desde a primeira vez que ele foi abduzido parece que ser abduzido é algo normal. Fiquei curiosa, pois acho que seria melhor uma narração em terceira pessoa para ser lago mais ampliado, mas ao mesmo tempo penso que realmente uma narração em primeira pessoal é plausível já que temos que compreender por que ele chega a decisão que chegou. Fiquei curiosa, sou uma negação em inglês sei apenas o básico mesmo, e quero fazer a leitura. Espero que alguma editora aqui do Brasil dê uma olhadinha e se interesse por que o enredo é incrível. Beijos!

  14. Oi,
    eu nunca leio livros com histórias de aliens, primeiro porque já querei a cara com um do tipo e segundo porque de verdade eu não me interesso pela abordagem, um exemplo disso é que mesmo a premissa curiosa desse livro não me chamou a atenção, não consegui me sentir instigada a ler. Um menino com um botão e a decisão de salvar ou não o mundo, nem mesmo os dilemas do garoto me atraíram muito e o fato de ser um livro consideravelmente grande foi a pá que enterrou tudo.

    Abraços!
    Nosso Mundo Literário

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