Com uma narração intrigante, não linear e uma prosa magnífica, Caitlín vai moldando a sua obsessiva personagem. Imp é uma narradora não confiável e que testa o leitor durante toda a viagem, interrompe a si mesma, insere contos que escreveu, pedaços de poesia, descrições de quadros e referências a artistas reais e imaginários durante a narrativa. Ao fazer isso, a autora consegue criar algo inteiramente novo dentro do mundo do horror, da fantasia e do thriller psicológico.
“Vou escrever uma história de fantasmas agora”, ela datilografou.
“Uma história de fantasmas com uma sereia e um lobo”, datilografou mais uma vez. Eu também datilografei.”
Calminha aí India Morgan Phelps, ou melhor, um pouco mais de intimidade para nos duas, pois depois de tanta confusão na minha inocente mente eu mereço. Calminha aí “Imp.” Como gosta de ser chamada.
“Todos os começos são arbitrários”
“Será que eu sou uma louca que apenas transfere seus delírios e consciência perturbada para a palavra escrita?”
“Fantasmas são essas lembranças fortes demais para serem esquecidas, ecoando ao longo dos anos e se recusando a serem apagados pelo tempo.” (Pg:23)
“Mas a parte triste das janelas é que a maioria delas abre para os dois lados. Elas permitem que você olhe para fora, mas também deixam que alguma outra coisa que acontece olhe para dentro.” (Pg:25)
“A normalidade é um comprimido amargo do qual reclamamos.” (Pg:72)
“Eu pinto o que não pode ser fotografado, isso que vem da imaginação ou dos sonhos ou de um impulso inconsciente.” (Pg:251)
“ O amor está observando alguém morrer.” (Pg:292)