Resenha #292 Românticos Incuráveis: Quando o Amor é uma Armadilha – Frank Tallis @FaroEditorial

Românticas Incuráveis é um livro onde o autor Frank Tallis relata detalhadamente os diagnósticos de doenças do amor, ou das doenças mentalmente denominadas de amor. Em 12 capítulos bem escritos e relatados, lemos alguns diagnósticos comprovados de que amar pode sim ser uma obsessão, ser uma doença e até mesmo uma ameaça.
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Título:  Românticos Incuráveis: Quando o Amor é uma Armadilha
Autor (a): Frank Tallis
Lançamento: 2019
Estante: Skoob
Páginas: 240
Editora: Faro Editorial
Comprar: Amazon
Literatura: Estrangeira
Gênero: Não-Ficção
Estrelas: 5/5
Sinopse: Desejar, amar, se apaixonar, perder um amor… todo mundo conhece alguma loucura de amor, mas a experiência do amor obsessivo, apesar de comum, não é banal. Neste livro, Frank Tallis apresenta histórias extraordinárias de pessoas que ultrapassaram o real e criaram fantasias, romances e compromissos, onde não existia absolutamente nada, ou muito pouco. São histórias que falam sobre todos nós. Qualquer um que já se apaixonou terá experimentado os sintomas de uma loucura psiquiátrica completa: a desinibição, o pensamento mágico, a tendência ao toc de checar suas mensagens (ou as mensagens do seu parceiro) a cada cinco segundos… Segundo as pesquisas científicas mais recentes acerca dos mecanismos atrelados ao apego emocional, muitas pessoas sob o estado do “amor” dissolvem a divisão entre o que costumamos julgar ser normal e anormal. Da mulher que se apaixonou perdidamente pelo seu dentista e o perseguiu até que ele precisou mudar de país; ao rico empresário, casado há mais de 30 anos, que gastou toda sua fortuna com mais de 3 mil prostitutas; à linda garota com um ciúme tão doentio que afastou todos os homens da sua vida; e muitos outros casos que nos mostram que ninguém está imune à loucura do amor.

Resenha feita em parceria com a editora. 💖

“A ideia de amar com prudência pode, à primeira vista, parecer bastante trivial. No entanto, aqueles que desfrutam dos benefícios de um apego seguro são verdadeiramente liberados. Eles podem se desfazer da postura desesperada, confusa, iludida e insegura que caracteriza o ‘romance’, e substituí-lo por algo de muito mais valor: amor verdadeiro – uma coisa esquiva e esplendorosa.”

Românticas Incuráveis é um livro onde o autor Frank Tallis relata detalhadamente os diagnósticos de doenças do amor, ou das doenças mentalmente denominadas de amor. Em 12 capítulos bem escritos e relatados, lemos alguns diagnósticos comprovados de que amar pode sim ser uma obsessão, ser uma doença e até mesmo uma ameaça. Onde algumas formas e condições em que supostamente consideramos normais, existe obviamente um distúrbio.

Claro que todas essas informações contidas no livro são estudos de um psicólogo formado e contém toda uma construção e diversão ao mostrar de onde o amor surgiu e qual é o papel dele na nossa evolução, na evolução humana.

Amor é sim uma construção química evolutiva que se desenvolve com uma ligação e a necessidade de estabelecer vínculos para sobrevivência por uma quantidade infinita e/ou finita de tempo.

“O romance é considerado como o sistema de crenças mais importante na psique ocidental. Mas o que é o romance? E o que significa ser romântico?”

Frank também mostra que o amor é formado de diferentes tradições e que vem passando-se de geração a geração, o que nos leva a fazer observações comportamentais como: dependências, alucinações, depressão e transtornos obsessivos.

Temos no livro vários pontos de vista de pessoas famosas como, Shakespeare e Dalai Lama sobre o amor e também os distúrbios psicológicos que essa coisa louca pode causar.

Podemos dizer que de uma forma positiva as formas de amar são válidas, porém devem ser observadas. Precisamos conhecer e aprender a reconhecer sintomas de amor que podem ser prejudiciais. No caso do livro o amor não é somente estabelecido entre seres vivos, existe também aqueles tipos de amor vinculados a obsessão por coisas, por estados físicos, lugares e etc.

“Por que as pessoas têm ciúme? Se você ama alguém, deveria querer que a pessoa amada fosse livre e feliz. O amor verdadeiro não conhece fronteiras; liberta a alma – leva-nos para além das limitações convencionais.”

O livro não é somente uma advertência, ele traz em si todos os sintomas e formas físicas que diagnosticamos quando estamos nos apaixonando e que são extremamente necessárias, pois são eles, os transmissores que confirmam nosso estado. Mas também podem apresentar alguns transtornos mentais. É de suma importância e significado que nos apaixonemos e passemos por experiências amorosas saudáveis em nossa vida.

**ML**

Saio da leitura desse livro e trago para vocês a minha resenha com clareza sobre os sintomas que talvez sejam prejudiciais e com um olhar mais observador sobre os sintomas não saudáveis e que são aspectos dos amores de mentiras.

Românticos Incuráveis trouxe para mim uma forma mais atenta de observar os meus amores e os amores ao meu redor, posso até dizer que através da leitura desse livro iniciei uma dieta amorosa e lúcida sobre a minha forma de ver as coisas e os amores do mundo.

“Sintomas têm de ter causas. Podem ser produzidos por anormalidades no cérebro, desequilíbrios dos neurotransmissores, lembranças reprimidas ou pensamentos distorcidos. Mas os sintomas são também o estágio final das histórias.”

Não conhecia a escrita desse autor, mas Frank deixa aqui, neste guia divertido e muito interessante, histórias e observações sobre amores irracionais. Não tendo em foco só romance, mas sim fatos que podemos achar engraçados e que podem ser alguma doença mental.

Obrigada Faro Editorial por lançar um livro desse patamar e deixar acessível a qualquer um que venha precisar observar os amores ao seu redor. Obrigada também, por fazer um livro tão perfeitamente editado, proporcionando uma leitura para lá de agradável com o tema que talvez não seja tão agradável, porém é muito necessário ao conhecimento.

Recomendo essa leitura com as minhas humildes 5 estrelas e garanto a vocês que as observações e relatos contidos no livro não prejudica nossa forma de amar, mas sim, esclarece e nos põe atento a forma de amar.

“Pessoas são como livros de histórias vivos. A cura pela palavra abre as capas e liberta as histórias.”

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