Resenha #349 Fuck Love: Louco Amor – Tarryn Fisher

Fuck Love: Louco Amor, é escrito pela autora Tarryn Fisher, mesma autora de Invisível que eu já resenhei aqui para vocês.
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Resenha #349 Fuck Love: Louco Amor – Tarryn Fisher







Título: Fuck Love: Louco Amor
Autor (a): Tarryn Fisher
Lançamento: 2017
Estante: Skoob
Páginas: 288
Editora: Faro Editorial
Comprar: Amazon
Literatura: Estrangeira
Gênero: Romance, Ficção
Estrelas: 4/5

Helena Conway se apaixonou. Contra sua vontade. Perdidamente. Mas não sem motivo.Kit Isley é o oposto dela desencanado, espontâneo, alguém diferente de todos os homens que conheceu. Ele parece o seu complemento. Poderia ser tão perfeito… se Kit não fosse o namorado da sua melhor amiga. Helena deve desafiar seu coração, fazer a coisa certa e pensar nos outros. Mas ela não o faz… Tentar se afastar da pessoa amada é como tentar se afogar. Você decide fugir da vida, pulando na água, mas vai contra a natureza não buscar o ar. Seu corpo clama por oxigênio sua mente insiste que você precisa de ar. Então você acaba subindo à superfície, arfando, incapaz de negar a si mesma essa necessidade básica de ar. De amor. De desejo ardente. Você pode pensar que já viu histórias parecidas, mas nunca tão genuínas como essa. Tarryn, a escritora apaixonada por personagens reais, heroínas imperfeitas, mais uma vez entrega algo forte, pulsante, que nos faz sofrer mas também nos vicia. Depois dela, todas as outras histórias começam a parecer como contos de fadas. Se você não quer se viciar, não leia a primeira página.

*** Livro cedido em parceria com a editora ***

Fuck Love: Louco Amor é escrito pela autora Tarryn Fisher, mesma autora de Invisível que eu já resenhei aqui para vocês. E, assim como em Invisível, esse livro é um pouco confuso e deixa nós, leitores, com uma sensação de ‘O que?‘ em alguns momentos.

A obra acompanha a história de Helena Conway, uma mulher que nunca foi muito ousada. Ela está terminando a faculdade de contabilidade, namora Neil há alguns anos e todos que a conhecem contam com essa previsibilidade dela, ela inclusive é chamada de a chata de bege. Tudo em sua vida era certo e previsível, até que ela se apaixona por Kit.

– Nós dois estávamos em busca de algo que fosse verdadeiro. Algumas vezes, a verdade de uma pessoa é o amor de outra.

Kit Isley é o oposto de Helena. Ele é imprevisível, descontraído, espontâneo. E namora Della, melhor amiga de Helena.

Tudo entre os dois começa quando Helena de repente sonha com uma vida perfeita entre ela e Kit e totalmente diferente da que leva. Eles são casados, tem dois filhos (um deles dois e outro de Neil). E já aviso que isso não é spoiler, está no primeiro capítulo.

A partir do momento em que Helena acorda e percebe que tudo não passou de um sonho ela inicialmente tenta esquecer isso, mas quanto mais ela passa o tempo dela junto de Della e Kit, menos ela consegue esquecer o sonho e a sensação de que aquele lugar ao lado de Kit é dela.

[…] – A tristeza vem em onda, não é? É como se você sentisse uma coisa diferente a cada dez minutos.

A gente já começa a leitura com a sensação de que Helena vai ser talarica, esse já é um fato que você toma para si nas primeiras páginas do livro. Mas, ao contrário do que a gente pensa, ela tenta ao máximo não roubar o namorado da amiga e, vamos combinar, no lugar dela qualquer um teria apenas aceitado a derrota e a perda da amizade e ficado com o cara sem ter que passar por algumas coisas.

Helena é aquela protagonista que começa sem saber muito de si e que prefere ficar no seguro do que ir em busca do desconhecido e viver uma aventura, mas que, por conta do amor proibido que sente por kit, ela embarca numa jornada rumo ao autoconhecimento, algo que ela nunca havia se permitido antes.

Kit me encantou na mesma medida em que me irritou. Ele claramente sentia algo por Helena, mas não sabia o que fazer com esse sentimento e muita coisa que aconteceu foi por conta dessa indecisão, não só dele, mas de Helena também. Kit é uma pessoa bem espontânea e teve seus momentos de nos cativar, mas a incapacidade dele de se decidir me irritou bastante.

[…] Nós nem sempre queremos o que é certo. Queremos o que não podemos ter. – Você é otimista e prático. Não magoe o coração de uma garota porque está tentando curar as feridas deixadas por outra.

Della foi uma personagem que não conseguiu me cativar em momento nenhum, pelo contrário, me deixou com ranço enorme dela. Ela se dizia amiga de Helena, mas tratava ela de maneira péssima e isso bem antes da outra começar a ser talarica. Se alguém me tratasse assim eu com toda certeza não estaria chamando essa pessoa de melhor amiga.

June foi de longe a personagem mais cativante do livro e, infelizmente, ela não aparece tanto. Excêntrica e sem medo de se mostrar ao mundo, ela com toda certeza foi uma alívio em meio a confusão que a autora nos apresenta. E, apesar de no mundo real ela ser a pessoa mais estranha, ela era a personagem mais normal ali.

Tarryn tem um jeito único de criar seus livros, ela nos mostra toda uma verdade e no momento seguinte, quando acreditamos que estamos certos sobre o rumo da história, ela não só quebra toda essa ideia como nos faz de trouxa e nos deixa confusos sobre o que realmente sabemos. E mais uma vez vimos isso aqui e ficamos nos perguntando “O que está acontecendo aqui?“. Tanto que eu terminei esse livro há alguns dias e ainda não sei ao certo o que pensar sobre o final do livro.

Na vida existem limites claros e sólidos, que jamais deveriam ser transpostos. Fantasiar um relacionamento com o namorado da sua melhor amiga é uma desses limites. […]

A Faro fez um trabalho excepcional nessa edição. A capa com uma imagem que se encaixa perfeitamente com a história e com verniz no nome do livro ficaram lindas e as ilustrações no início de cada capítulo deram um charme a mais a edição que ficou deslumbrante. As letras estão em bom tamanho de leitura e as páginas são amareladas o que facilita bastante a leitura.

Fuck Love: Louco Amor é uma história única e que precisa ser lida com a mente aberta, mas que fala sobre amor, amizade e sobre as escolhas que tomamos na vida. Com toda certeza fará com que o leitor reflita sobre suas escolhas e sobre o que realmente é certo e o que é errado!

Beijos e até a próxima!

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