Resenha #382 – Pisando em Nuvens – Iris Figueiredo @editoraseguinte

Pisando em Nuvens é um conto escrito por Iris Figueiredo, mesma autora de Céu Sem Estrelas e narra a história de Taís que passou numa universidade em outra cidade e precisa colocar na balança seu futuro, de um lado, e sua família e namorada, do outro.
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Resenha #382 – Pisando em Nuvens – Iris Figueiredo @editoraseguinte






Título: Pisando em Nuvens
Autor: Iris Figueiredo
Lançamento: 2021
Estante: Skoob
Páginas: 36
Editora: Companhia das Letras – Selo Seguinte
Comprar: Amazon
Literatura: Brasileira
Gênero: Contos, Jovem Adulto, LGBT
Estrelas: 4/5

Taís foi aprovada na faculdade. Mas a decisão de se matricular vai ser mais difícil do que esperava…

Quando Taís vê seu nome entre os aprovados no vestibular de enfermagem, mal consegue acreditar. Ela sempre quis estudar numa universidade pública e se esforçou muito durante o último ano para isso. O problema? Ela foi aceita em sua segunda opção, um campus que fica em Macaé, bem distante de sua casa em São Gonçalo.  
Como seus pais não têm condições de mantê-la sozinha em outra cidade, Taís sabe que as chances de cursar a faculdade são praticamente nulas. Sem saber como reagir ao resultado e temendo decepcionar a família (em especial a avó), ela corre para seu porto seguro: Rafaela. Mas a reação da namorada de Taís pode ser bem diferente do que ela imaginava…  
Este conto, que se passa no mesmo universo de Céu sem estrelas, acompanha uma jovem que vê seu sonho despontar no horizonte — mas talvez ele se desfaça em nuvens antes que possa alcançá-lo.



*Obra lida em uma cópia antecipada cedida pela Editora Cia da Letras e NetGalley*

Pisando em Nuvens é um conto escrito por Iris Figueiredo, mesma autora de Céu Sem Estrelas e narra a história de Taís que passou numa universidade em outra cidade e precisa colocar na balança seu futuro, de um lado, e sua família e namorada, do outro. Taís se vê ansiosa e cheia de dúvidas e sua namorada não parece ajudar muito na decisão.

Divertido, reflexivo e leve são alguns adjetivos facilmente notados neste conto. Ele nos dá algo a pensar e questionar sobre nós mesmos e as expectativas que depositamos nas pessoas. Será que elas abririam mão de algo por nós? E nós, abriríamos mão de algo importante por elas?

“Viver é uma grande jornada e às vezes ficamos cansadas”

São questões válidas que passei a pensar sobre, após ler a história de Iris. Por isso ele é reflexivo, assim como toda boa história. Retrata uma realidade dura de muitos jovens: o de decidir se atira no escuro e vai, ou se continua onde está.

Muitas vezes não estamos felizes onde fazemos morada e questionar uma mudança não só de casa, mas também de vida, é válida. Este conto me tocou muito neste aspecto. Com certeza, é algo que eu recomendaria aos meus alunos.

   “[…] tem jeito para tudo nessa vida. Só não tem para a morte. E enquanto houver uma chance, a gente vai se agarrar a ela.”

Breve e bem escrito, o conto fecha todos os parênteses abertos no decorrer da história, deixando-o, assim, sem pontas soltas em seu final. Mas que também traz uma sensação de “não-fim”, te fazendo imaginar possibilidades pós conto.

É uma daquelas histórias que você se sente contente em conhecer, pensar e passar a diante. Não me emocionou, mas me fez pensar, o que me dá motivo pra dar quatro estrelas, de cinco, para a história. Tudo tem um jeito de ser resolvido, a gente só precisa encontrar o nosso, assim como a Taís.

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