Resenha #409 Entre Mundos – Rodrigo de Oliveira e Pedro Ivo @FaroEditorial

Entre Mundos é uma parceria bem-sucedida ente Rodrigo de Oliveira, autor de “As Crônicas dos Mortos” e, Pedro Ivo, autor e ilustrador de “O Cidadão Incomum”.
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Resenha #409 Entre Mundos – Rodrigo de Oliveira e Pedro Ivo @FaroEditorial






Título: Entre Mundos
Autor: Rodrigo de Oliveira e Pedro Ivo
Lançamento: 2021
Estante: Skoob
Páginas: 288
Editora: Faro Editorial
Comprar: Amazon
Literatura: Nacional
Gênero: Literatura brasileira, Thriller
Estrelas: 5/5

Sinopse: E se você pudesse falar com os mortos? Juntando peças de diversos equipamentos, Rubens, um engenheiro eletrônico bastante criativo, criou um protótipo de smartphone. Ao ligar, ele capta vozes estranhas como se fossem ondas de rádio, até notar algumas falas bastante perturbadoras… É quando percebe que seu invento ultrapassou as fronteiras entre vivos e mortos. O aparelho faz uma ponte com o além. Rubens então reúne amigos e decide explorar o invento – afinal, quem não gostaria de contatar com algum ente querido que se foi? Se aperfeiçoado, o aparelho pode torná-los milionários. Mas quem disse que o controle das comunicações estaria nas mãos dos vivos? O grupo se vê encurralado quando as mensagens agradáveis dão lugar a um contato agressivo, perigoso, vindo de seres inconcebíveis para a mente humana. Como se tivesse aberto uma espécie de portal, aquele que seria a invenção do século começa a promover um caos nas vidas do grupo, sinalizando o seu poder destruidor.


**Resenha escrita em parceria com a editora**

Entre Mundos é uma parceria bem-sucedida entre Rodrigo de Oliveira, conhecido por escrever “As Crônicas dos Mortos” e, Pedro Ivo, autor e ilustrador de “O Cidadão Incomum“.

Em Entre Mundos, acompanhamos Rubens, um jovem estudante de engenharia eletrônica que trabalha com concerto de aparelhos celulares. Em um feriado prolongado, para espantar o tédio, Rubens decide juntar diferentes componentes eletrônicos com o intuito de criar um smartphone do zero, mas em uma carcaça antiga.

Ao realizar o primeiro teste, Rubens percebe que o aparelho capta vozes estranhas, como se estivesse capturando a chamada de outro aparelho. Mas não é isso que acontece, o que está sendo captado são vozes de pessoas mortas. Como esperado, nosso protagonista não acredita que essas vozes sejam de fantasmas e, quando percebe que são mesmo, ele dá uma surtada (quem não iria, né?!).

Rubens então, decide mostrar seu invento para seus amigos, para explorar sua criação e, quem sabe, decidir o que fazer com ela. O que acontece, é que o grupo se divide, uns ficam encantados em poder se comunicar com seus entes queridos que já se foram e, querem comercializar o aparelho. Outros, não tiveram boas experiências e acham que estão lidando com algo que foge de seu controle.

“Ela soube, no momento em que ouviu a primeira daquelas vozes, que o que havia ali não era uma brincadeira.”

O que acontece, é que as mensagens agradáveis que o grupo de amigos recebia de seus entes queridos, dão lugar à mensagens agressivas e cheias de ódio. O controle dessa comunicação não está nas mão do grupo, mas sim, nas dos mortos. O que complica ainda mais, é que os amigos não conseguem descobrir o que está fazendo o aparelho captar as vozes, ou seja, não conseguem replicar o smartphone. E sem isso, se torna inviável a comercialização.

Bem, eu nem sei o que dizer. haha Sabe quando gosta demais de um livro e, não consegue falar dele sem se empolgar e largar um monte de spoiler? Eu estou exatamente assim. Eu não conhecia os livros do Rodrigo, nem os do Pedro, e eu tive sorte de começar com um livro tão com assim.

Já nos primeiros capítulos somos surpreendidos com acontecimentos pesados. Algo que nem de longe passaria em nossa cabeça. A partir daí, querido, é ladeira abaixo (no bom sentido, claro). Temos como protagonistas um grupo de cinco amigos extremamente diferentes, mas igualmente profundos e bem construídos.

Quando cada um deles vai realizar seu teste, conseguimos conhecer de uma forma mais profunda sua histórias e cicatrizes. Fiquei muito surpreso e contente com a construção dos personagens, eles possuem qualidades e defeitos como qualquer um de nós, ou seja, parecem realmente humanos. Isso não é fácil de fazer.

“O menino cuspiu as palavras no ouvido de Paulo. O ódio dele era tão grande que o jovem pôde sentir sua presença maligna ali mesmo, em seu quarto. – Eu vou destruir a sua vida, igualzinho você fez com a minha! “

O livro inteiro é cheio de reviravoltas que te pegam de surpresa toda vez! Não são forçadas e, na verdade, fazem todo sentido. Ah, não posso esquecer que esse livro é ilustrado. É cada ilustração mais linda que a outra, isso fez com que eu conseguisse visualizar melhor os personagens, Pedro arrasa nas ilustrações.

Eu amei demais o livro, já quero a continuação! Aliás, preciso! Minha avaliação foi de 5 estrelas, queria ter dado 6, mas não dá, hahah. Por mais que o livro seja classificado como terror, eu classificaria como ficção científica. Mas não posso falar mais nada a respeito. 😉

Participei de uma coletiva com os autores, eles são muito legais e o papo foi bem produtivo. Logo logo trarei um conteúdo bem legal, fiquem ligados. Se você chegou até aqui, muito obrigado! Até breve!

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